Dom Idalécio Maria Skol e Araújo (São Miguel, Rio Grande do Norte, 6 de novembro de 1964) é bispo católico brasileiro, atualmente Arcebispo Metropolitano de São Paulo. Destacou-se nacionalmente por seu compromisso com a Liturgia, sua atuação pastoral em diversas arquidioceses do Brasil e seu protagonismo no cenário eclesial contemporâneo.
Ingressou no seminário aos 18 anos, realizando seus estudos em Filosofia e Teologia com forte inclinação à Mariologia, à Sagrada Liturgia e ao Magistério da Igreja. Sua formação incluiu especializações em Liturgia e experiências marcantes na Renovação Carismática Católica e no Rito Romano Tradicional, características que mais tarde marcariam seu estilo pastoral: profundamente enraizado na Tradição e aberto aos sopros do Espírito.
Foi ordenado diácono em 4 de abril de 2020 por Dom Darllan Messias e sacerdote oito dias depois, em 12 de abril de 2020, pelas mãos do Cardeal Dom Raul Gabriel. Como presbítero, tornou-se conhecido por seu zelo litúrgico e por sua intensa vida de oração. Atuou como formador e diretor espiritual, promovendo retiros e jornadas vocacionais em várias dioceses brasileiras.
Em 4 de maio de 2020, recebeu a ordenação episcopal na Basílica de São João de Latrão, pelas mãos do Papa João Paulo VI, tendo como co-consagrantes Dom Darllan Messias e o Cardeal Dom Vito Lavezzo. Foi nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aparecida, cargo que ocupou em quatro períodos distintos (2020 e 2023), onde se tornou referência na pastoral litúrgica e na espiritualidade mariana do Santuário Nacional.
Dom Idalécio também serviu como bispo auxiliar nas dioceses de Nossa Senhora Auxiliadora do Tabosa, São Salvador da Bahia, Brasília e São Paulo, além de exercer o múnus de Administrador Apostólico tanto em São Paulo quanto na diocese de Tabosa, liderando importantes reformas pastorais e administrativas.
Na esfera nacional e internacional, teve atuação destacada como Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, cargo que ocupou desde sua criação até sua extinção. No âmbito da Cúria Romana, serviu como Sub-Núncio Apostólico para o Brasil, Cerimoniário Pontifício, Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, Assessor da Casa Pontifícia, Secretário do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Auxiliar da Comissão Conciliar Litúrgica durante o Concílio de Jerusalém.
Foi nomeado Arcebispo Metropolitano de São Paulo em 3 de julho de 2025, por nomeação do Papa Pio, com imposição do pálio no dia 8 de julho do mesmo ano, durante Missa Votiva a São Pedro e São Paulo na Basílica-Santuário Paulistana. Devido à sua atuação missionária prévia, não houve cerimônia tradicional de posse. Assumiu a Arquidiocese em meio a um contexto de escassez de clero e tensões internas herdadas da administração anterior de Dom Agnelo Rossi.
Sua primeira reunião arquiepiscopal estabeleceu as diretrizes pastorais de seu governo: renovação sinodal, liturgia reverente e dinamismo missionário. Implementou iniciativas como a Missa da Unidade, criação de servidor arquidiocesano no Discord, comunicação segmentada por públicos e resgate do protagonismo dos leigos.
Promoveu reformas administrativas, como a centralização das Regiões Episcopais em uma única estrutura, reorganização das nomeações, retorno de religiosos à Arquidiocese e ampliação da presença digital e comunicativa da Igreja. Seu lema episcopal, “SPIRITU ET AMBULEMUS” (“Pelo Espírito, caminhemos”), sintetiza seu estilo de governo: em comunhão com a Tradição litúrgica e pastoral, atento às necessidades do tempo presente.
O episcopado de Dom Idalécio tem sido marcado pela fidelidade ao Magistério, pela formação do clero, pela promoção da sacralidade da liturgia e pela proximidade com o povo de Deus. Sua acolhida pelo clero paulistano foi universalmente positiva, tornando-se rapidamente um ponto de unidade e reconciliação na vida eclesial da metrópole.
Atualmente, segue no ofício de Arcebispo Metropolitano, sendo considerado um dos principais articuladores da renovação pastoral no Brasil.