
MISSA CRISMAL CONSAGRA A AUTORIDADE DO
ARCEBISPO EM NOITE HISTÓRICA DE UNIDADE E FIRMEZA
São Paulo, 10 de abril – Após semanas de tensão e olhares tortos nos bastidores da Sé, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Dom Agnelo Rossi, protagonizou um verdadeiro ato de recondução e autoridade pastoral na noite da Quinta-feira Santa. A Missa Crismal, dos Santos Óleos e da Unidade, celebrada no Salão Santa Dulce dos Pobres, na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, foi mais que uma liturgia: foi uma declaração pública de que a liderança voltou às próprias mãos do pastor.
Numa liturgia impecavelmente conduzida, com a quase totalidade do presbitério em presença solene, o Cardeal Rossi fez questão de marcar terreno. A entrada processional, com padres e bispos em comunhão visível com seu arcebispo, foi a imagem que muitos esperavam — e outros temiam: unidade eclesial reagrupada em torno do báculo de Dom Agnelo.
A celebração, que poderia ter sido ofuscada pelos escândalos recentes e pelas rusgas entre o clero, ganhou contornos de reconciliação silenciosa, mas firme, ao som dos cantos litúrgicos e sob o olhar atento do povo de Deus. A homilia, proferida pelo Frei Pietro Garnacho, emocionou e arrancou aplausos do clero — algo raro em missas com ar de tensão no ar.
O ponto alto veio com a bênção dos santos óleos, conduzida por Dom Agnelo com a solenidade de quem sabe que está no centro da história. O gesto, realizado com a assistência dos padres Di Vegesela Francisco Marcus e Gregório Magnus, deixou claro quem ainda detém o azeite e a autoridade nesta arquidiocese.
Como quem sela sua posição não apenas no plano local, mas também no universal, o arcebispo compartilhou ao final da missa que recebeu uma ligação pessoal do Papa Urbano, transmitindo sua bênção e apoio ao clero e ao povo paulistano. Era o que faltava para calar, ao menos por ora, os que viam em Rossi um cardeal isolado em meio a lobos.
Num gesto de rara ousadia, Dom Agnelo anunciou a emeritação de Dom Manuel Bulcher e revelou que não deseja substituição episcopal: "É hora de fortalecer os padres, não distribuir medalhas de consolação", disse. A frase foi recebida como um recado direto aos oportunistas eclesiais, muitos dos quais têm feito campanha sutil por novos cargos.
Para completar, anunciou o envio missionário dos seminaristas — mais uma prova de que, sob sua batina, não há espaço para clericalismo estéril, mas sim para serviço e formação autêntica.
Conclusão? A Missa Crismal deste ano não apenas renovou os votos sacerdotais, mas reafirmou publicamente quem é o pastor e quem são as ovelhas. O recado foi dado — com incenso, óleo e autoridade.